domingo, 13 de maio de 2012

TimeLine Blizzard - Parte 1

Texto traduzido pelo Mangekyou54 do Nerd, Uai!

A Activision Blizzard hoje é uma das maiores e mais faladas empresas de videogame do mundo. Jamais antes uma entidade dominou tão completamente o panorama dos jogos, com um foco nos gêneros mais populares e parcerias com os desenvolvedores mais talentosos do mundo. E a sua maior aquisição, um nome ousado da indústria, chamado Blizzard Entertainment, pode ser a mais importante de todas.

Começando humilde, a Blizzard desenvolveu um catálogo de jogos clássicos que são altamente elogiados pelos fanáticos por retro gaming. Quem não fica empolgado ao falar de Lost Vikings e Rock ‘n Roll Racing? É difícil de acreditar que essa é a mesma empresa por trás do maior MMO do mundo e vários projetos de orçamento elevados. Chegar a esse ponto obviamente teve suas dificuldades e problemas, mas com certeza foi uma jornada divertida.

Os Primeiros Anos

Dois dos três fundadores da Blizzard Entertainment continuaram totalmente envolvidos com a empreitada original, uma prova do poder conciso da empresa. Allen Adham, Frank Pearce e Mark Morhaime fundaram a Silicon & Synapse em fevereiro de 1991, logo após se formarem na Universidade da Califórnia, onde Adam estudou ciência da computação e trabalhou na programação de jogos para a Interplay, Datasoft e Software Toolworks (Adam deixou a Blizzard em 2004).

Os primeiros projetos da companhia foram todos conversões, uma maneira fácil para os desenvolvedores ganharem experiência com as técnicas de programação e design de arte. Se você já jogou Battle Chess no Windows ou Commodore 64, experimentou um dos primeiros trabalhos da Blizzard. Provavelmente você também nunca esquecerá a animação brutal de quando o castelo conquista a rainha. Outras conversões incluem Lord of the Rings para o Amiga e Shanghai para o Windows.

Em 1992, a Blizzard (ainda conhecida como Silicon & Synapse) lançou um remake de Racing Destruction Set chamado RPM Racing para o Super Nintendo. O título serviu como base para aquele que seria um dos primeiros projetos originais da empresa. No ano seguinte ela lançou Rock ‘n Roll Racing e The Lost Vikings para o Super Nintendo. The Lost Vikings combinava um clima de humor com uma técnica inteligente de fazer os jogadores alternarem entre três personagens para resolver quebra-cabeças de plataformas. Rock ‘n Roll Racing é talvez mais conhecido pelas suas versões instrumentais autorizadas de músicas de rock clássicas, como Bad to the Bone. Ah, e também contava com Larry Huffman fazendo os comentários das corridas.

Enquanto a Blizzard estava ganhando experiência com o console caseiro em 1992, a Westwood Studios lançou o grande influenciador Dune II. Embora não tenha sido um grande sucesso comercial, esse jogo único de estratégia certamente teria um impacto sobre o próximo projeto da Blizzard e o mundo dos jogos de PC nunca mais seria o mesmo.
“Quando éramos uma empresa muito mais nova e menor, os laços desenvolvidos entre todos eram muito fortes. Era fácil conhecer todo mundo bem, porque sair para tomar uma cerveja significava pegar uns dois ou três carros pra levar a empresa inteira.” – Frank Pearce em entrevista para o IGN em 2001.
Em 1994, a Silicon & Synapse mudou seu nome brevemente para Chaos Studios e então finalmente decidiu por Blizzard, um nome que ficou conhecido no mundo inteiro. Ela estava trabalhando arduamente no seu próximo projeto, aquele que traria um nome que se tornaria mais famoso até que o da própria empresa.

Nada Menos que Perfeito

1994 também foi o ano em que a Blizzard lançou Blackthorne para o SNES. Esse jogo de plataforma sangrento estrelava um pirata espacial com uma shotgun que enfrentava vilões que apresentavam mais que uma vaga semelhança com os orcs que se tornariam tão famosos nos produtos posteriores da Blizzard.

Em meados do mesmo ano, os jogadores de PC estavam experimentando a demo de Warcraft: Orcs Vs. Humans. A série pegou as táticas de estratégia de Dune II e adicionou um tema de fantasia. Qualquer um familiar com as histórias de Tolkien podia encontrar algo parecido nos personagens coloridos e várias vezes satíricos apresentados em Warcraft. Não importava mais quem era o “primeiro” no gênero, já que a Blizzard descobriu a sua maior força: brincar com o apelo de massa.

Talvez o mais importante nesse jogo divisor de águas para a Blizzard tenha sido que ele não apenas atraiu jogadores hardcore, os criou. A inclusão de multiplayer por modem e LAN permitiu que o potencial máximo do jogo de estratégia fosse explorado por milhões de amigos em disputas on-line pela primeira vez. Warcraft não fez apenas colocar a Blizzard no mapa, também fez a empresa ter lucros.

“Para mim tudo começou em 1994 quando nós lançamos Warcraft 1 e a empresa tinha cerca de 25 funcionários. Eu fui à CES e nós tínhamos uma tenda 10x10 e vieram algumas pessoas dar uma olhada no jogo, e todas ficaram muito empolgadas.” – Shane Dabiri em entrevista para o IGN em 2009.
Quando o primeiro Warcraft chegou às lojas, ele era um de três jogos de estratégia em tempo real no mercado. Anos depois esse gênero sofreria uma enchente de clones e imitações, mas a Blizzard nasceu com o pé naquele que se tornaria um dos gêneros mais populares dos PCs. A sequência, Warcraft II: Tides of Darkness, seria lançada para o MS-DOS no finalzinho de 1995. Uma evolução significativa em relação ao original, a premiada sequência conquistou os jogadores roubou a cena na temporada de premiações no final de 1996. É difícil definir o que nos chama a atenção nos jogos de hoje, mas naquela época, Warcraft II foi o primeiro jogo a transmitir o caos da guerra, unidades espiãs (lembra dos balões?) e é claro, personagens que ficavam visivelmente irritados quando os jogadores clicavam neles repetidamente.

A Blizzard avançou tecnologicamente também. Warcraft II incluía um editor de mapas fácil de usar que permitia que os jogadores compartilhassem seus arquivos .PUD na web. Além das partidas com dois jogadores via modem e com oito via rede local, Warcraft II ficou popular com o Kali, um aplicativo que permitia que os jogadores disputassem on-line e foi um precursor third-party para o Battle.net da própria Blizzard. A empresa percebeu a importância desse aspecto on-line e o incorporaria pesadamente no seu próximo projeto.

Cada um tem o seu jogo da Blizzard favorito, mas a importância da série Warcraft original é inegável. Quando Warcraft II fez frente ao Command & Conquer, desenvolvido pela Westwood (que foi lançado em agosto de 1995), começou uma rivalidade ao nível de Mario e Sonic nos consoles. Essa batalha entre os jogos de estratégia transformou os jogadores casuais em fãs apaixonados, instigou inovação nos dois títulos e fez crescer o mercado de jogos de PC como um todo.

Fim da parte 1.
Fonte: IGN (inglês)

2 comentários:

  1. BLIZZARD é foda só jogo bom, BLACKTHORNE é fantástico, devia ter um NOBODY PLAYS deste jogo a melhor versão é do PC, depois vindop a do super nintendo que tirando a censura é tão bom quanto.

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  2. a blizzard é uma daqueles estúdios que marcaram a época de ouro dos pcs. cada jogo saia com um capricho único. sem pressa, ela abria caminho com competência e detalhismo. deveria haver mais empresas assim na indústria de games.

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