segunda-feira, 31 de julho de 2017

Nobody Plays #50 - Tail Concerto


Dessa vez falo de mais um jogo obscuro do Playstation 1, Tail Concerto de 1998.



A CyberConnect2 hoje é conhecida pelos RPGs .hack//, Asura’s Wrath e aquela montanha de jogos de luta do Naruto, mas o seu primeiro jogo foi bem diferente disso tudo.

Fundada em 1996, a empresa foi muito ambiciosa em seu primeiro projeto. A ideia era competir com os jogos de plataforma 3D que estavam começando a fazer sucesso no mercado. Essa ambição fez com que o projeto levasse cerca de dois anos para ser desenvolvido.

Distribuído pela Bandai, Tail Concerto foi lançado em abril de 1998 no Japão e levaria mais de um ano para chegar ao ocidente pelas mãos da Atlus.

Ele é um jogo de aventura muito semelhante à Megaman legends.

Vários pontos da história dele são contados por ótimas cenas de anime. O mundo jogo é composto por várias ilhas flutuantes habitadas por cachorros e gatos antropomorfizados. Na verdade praticamente todo mundo é cachorro e os gatos que aparecem são todos vilões.

O jogador controla Waffle, um cachorro policial que usa um mecha para caçar e prender a terrível gangue dos Black Cats. Na verdade eu fico com pena dos pobres gatinhos.

Eles são tão adoráveis e você chega com toda a violência policial e prende eles ao estilo Pokémon dentro do mecha. Mecânica parecida com a da série Ape Escape.

Você pode bater, agarrar e soltar bolhas com o robô, que tem uma jogabilidade muito boa. Só falta mesmo é um botão para travar a mira nos inimigos, pois é bem difícil consegue acertar as bolhas nos inimigos. Em geral isso não é frustrante, pois os inimigos, em grande parte, não são uma ameaça real ao jogador.

Em certa parte, o jogo introduzir uma mecânica de voo com jetpack, que não é muito boa ou divertida, mas é algo bem rápido, que não atrapalha o avanço do jogo.

Tudo aqui é muito bonitinho, como um desenho animado bem infantil. A história é totalmente baseada nos tipos de cliché mais comuns que o roteirista poderia ter imaginado. O suposto trio de vilãs na verdade tem bom coração e estão sendo enganadas pelo verdadeiro vilão, que precisa de 5 cristais para trazer de volta um ser maligno muito antigo.

A dificuldade inicialmente é bem baixa, com desafios e chefes muito fáceis, um ótimo jogo para pais apresentarem aos filhos. Mas nas últimas missões do jogo a coisa fica bem mais complicada, com desafios de plataforma muito frustrantes devido aos problemas na câmera e o pulo impreciso. Para piorar, a última fase do jogo muda a gravidade do personagem, aumentando ainda mais a frustração.

Apesar dos picos de dificuldade, Tail concerto vale a pena ser jogado pela história com personagens carismáticos e cenários muito legais, como um avião em pleno voo é uma mina com carrinhos ao estilo Indiana Jones.

Você provavelmente nunca tinha ouvido falar desse jogo, pois ele foi um fracasso de vendas. Depois dele, a CyberConnect2 lançou duas continuações espirituais, Solatorobo: Red the Hunter, lançado em 2010 para DS e o jogo de celular little Tail Story de 2014. Nenhum deles conseguiu replicar o charme do jogo original.

Tail Concerto para mim foi um belo achado no meio da gigantesca biblioteca de jogos do primeiro PlayStation.

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