domingo, 29 de maio de 2011

TimeLine Sega: Parte VI - As tentativas de se manter na frente


A Sega, até o lançamento do SNES, tinha o console mais bombado do mercado, e eles queriam manter sua vantagem competitiva. A Sega sempre estava pensando em sua próxima jogada. O problema era que eles nunca sabiam ao certo que caminho seguir. Então a empresa corria em várias direções diferentes, algumas das suas apostas são bem conhecidas, e outras você provavelmente nunca ouviu falar

Tudo começou com o Sega CD. A Rival NEC já havia lançado um add-on de CD para o seu videogame, e o CD-ROM estava começando a se destacar como mídia dos jogos de computador. Era claro para a maioria que a mídia ótica era o futuro, e a Sega estava ansiosa para seguir a tendência. Eles sabiam que os seus add-on jamais ultrapassariam o sucesso do Mega Drive stand-alone, mas era uma maneira de se preparar para a evolução inevitável.
Os dois modelos do Sega/Mega CD
Eles precisavam de um software que mostrasse o poder da nova mídia, um jogo que pudesse oferecer uma experiência totalmente diferente de tudo o que poderia ser feito em um cartucho. Então, em parceria com uma pequena desenvolvedora chamada Digital Pictures lançaram dois jogos em FMV (full motion video), que na época faziam os jogadores sentirem que estavam "jogando um filme". Sewer Shark e Night Trap (que merece uma postagem própria na coluna WTF?!), provaram ser grandes hits.

A Sega também publicou jogos como Prize Fighter, da Digital Pictures e ports de antigos jogos de arcade baseados na tecnologia do CD, como Dragon's Lair e Time Gal.

Houveram também muitos jogos que fizeram um uso mais conservadora do hardware do Sega CD, adicionando em jogos de gêneros mais tradicionais voz, música de alta qualidade, e as cenas de animação, especialmente no Japão e na Europa, onde a mania do FMV não era tão grande. Sonic CD é considerado por muitos o melhor jogo da série.

Mas a mania dos jogos em FMV foi passageira, em poucos anos, o Sega CD foi de acessório invejável à piada. A Nintendo, que havia firmado uma parceria com a Sony para desenvolver o seu próprio projeto de drive de CD, abandonou a idéia completamente quando o interesse do público nesse tipo de jogo desapareceu completamente (além de outros fatores que podem ser lidos na matéria sobre protótipos do blog).
Protótipo do Nintendo "Play Station"
Mais do que apenas uma mudança de mídia, a SEGA precisava começar a pensar com antecedência em seu console de próxima geração. Na época, a Sega do Japão cuidou sozinha de todo o desenvolvimento do hardware, mas quando o resultado de seu trabalho foi apresentado para a Sega of America, imediatamente eles encontraram sérios problemas.

O projeto do Saturn era excessivamente complexo e caro para ser fabricado. Ele tinha duas CPUs, dois chips gráficos, e vários outros processadores, sendo que nenhum deles tinha sido projetado para trabalhar em conjunto. Seria difícil para os programadores trabalharem, difícil para o mercado vendê-lo a um preço competitivo, e ele não teria vantagens em relação a hardwares mais baratos e simples de programar.

O chefe da equipe americana de pesquisa de desenvolvimento da Sega, Joe Miller, reconheceu os problemas de imediato e os levou à Tom Kalinske. Embora a Sega of America em geral ficasse de fora do desenvolvimento de hardware, eles precisavam para dar ao Japão uma boa alternativa, e foi exatamente isso eles fizeram.

Tom Kalinske recorda de como foi seu esforço para tentar convencer os japoneses a não levar o projeto Saturn adiante:
"Nós fomos até a Silicon Graphics e nos encontramos com Jim Clark (fundador da empresa). Eles tinham comprado a MIPS Technologies, e estavam desenvolvendo um chipset para uso em um videogame. Gostamos do que vimos, e por isso chamei os japoneses para dar uma olhada. Os caras hardware vieram, e eles realmente ridicularizaram todo o nosso esforço. Disseram que o chip era muito grande, que haveria muito desperdício, além de várias outras objeções do ponto de vista técnico, foi perturbador para nós, pois achamos que ele era melhor em termos de velocidade, gráficos e áudio.

"Então, depois que nós tivemos essa reunião, tive de informar à Jim Clark que a Sega não estava interessada na compra, e ele perguntou: 'Bem, o que devo fazer agora? e eu disse: 'Bem, há esta outra empresa de videogames na área de Seattle. E ele realmente foi até lá e vendeu o chip para esta "outra empresa", e foi assim que surgiu o hardware do Nintendo 64. "
E a pergunta que não quer calar: Se a Sega tivesse tido o hardware do Nintendo 64 junto com a tecnologia do CD-ROM, qual teria sido o resultado daquela geração?

Fim da parte 6.
Fonte: IGN (inglês)

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2 comentários:

  1. O orgulho de alguns japas malditos também afundou a Sega, hein?

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    1. Exato,mas tpw,os japas ainda tavam putos com as alterações que os americas fizeram com o Sonic eu acho xD
      Nuss,a Sega entregou o sucesso na "mão" da nintendo iaeurieruiaeur.Mas bem,talvez se a Sega não tivesse feito isso nós provavelmente não veriamos a sombra de grandes jogos como o Ocarina of time ou Super mario 64.

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