domingo, 8 de janeiro de 2012

TimeLine Street Fighter - Parte 2: The World Warrior


Enquanto o primeiro Street Fighter era portado para várias plataformas (as vezes como Fighting Street), Okamoto começou a trabalhar na sua real sequência.  Ele não culpou Nishiyama e Matsumoto por terem abandonado o barco, isso só o fez ser ainda mais competitivo. Ele não queria apenas superar tudo que eles tinham feito no primeiro jogo, mas também tudo que eles fizeram dese então.

Ele trouxe Funamizu, juto com Akiria Nishitani como panejadores. Para criar o design dos personagens, ele chamou Akira Yasuda, que trabalhou anteriormente em Final Fight. Eles optaram por manter os seis botões de golpes do primeiro jogo, apesar dos temores da empresa de que isso o fizesse ser muito complexo, já que a maioria dos jogos da época utilizavam apenas um.
Rascunho da estrutura básica do jogo
Os personagens do primeiro jogo que retornaram foram apenas Ryu, Ken, Sagat (agora com uma cicatriz de Shoryuken no peito e muito ódio no coração), e o boxeador Mike, agora como M. Bison (uma referência ainda mais direta). Mais lutadores seriam necessários para completar a lista, e em uma decisão que mudaria tudo, Okamoto decidiu que todos seriam jogáveis. De repente, a modesta sequência tinha se tornado diferente de qualquer jogo já feito.

Haviam oito lutadores distintos para se escolher, com sete estilos de combate diferentes oferecendo mais de trinta golpes cada. As combinações eram infinitas.

Os jogadores podiam escolher jogar com Ken ou Ryu (agora moreno e descalço), ou então jogar com Edmond Honda, um lutador de sumô, ou com o russo Vodka Gobalsky (mais tarde alterado para Zangief) . Não posso deixar de falar também da integrante feminina do time, a rápida e acrobática chinesa Chun-li, do militar americano de penteado "estiloso" Guile, e para acrescentar alguma esquisitice, também estava presente a fera elétrica "brasileira" Blanka. E finalizando, há o indiano Dhalsim, que teve suas habilidades inspiradas nas de um personagem de mesma nacionalidade do filme "Master of the Flying Guillotine".

Cada personagem tinha sua própria história, tipo sanguíneo e arena de combate com objetos destrutíveis e público assistindo as lutas (para ver as concept arts originais dos personagens, clique aqui).

Defesa e arremessos foram adicionados. Os sempre populares golpes especiais ficaram mais fáceis de ser executados, mas ainda exigiam uma curva de aprendizagem, que separavam os novatos dos experts. As fases bônus de quebrar tábuas do jogo original foram expandidas para fases de quebrar carros, barri caindo e barris em chamas. E dessa vez, os avanços de hardware fizeram dos controles muito mais precisos, uma mudança necessária para que a grande variedade de golpes de cada lutador fosse bem aproveitada.

O enredo era o básico de qualquer filme com um torneio de kung-fu: a misteriosa organização Shandaloo organizou um torneio internacional, convidando os mais fortes lutadores para competir. Depois de derrotar seus sete concorrentes, o vencedor avançava para enfrentar os três tenentes da Shandaloo, os já conhecidos M. Bison e Sagat, e o ninja espanhol Balrog. Tudo isso culminava na batalha final contra o megalomaníaco mega poderoso chefe da Shandaloo, Vega. Posteriormente, ao trazer o jogo para o ocidente, a Capcom USA, temendo um processo de Mike Tyson, resolveu trocar o nome dos chefes, e o corpulento boxeador M. Bison virou Balrog, o vaidoso espanhol Balrog ficou com o nome Vega, e o todo poderoso Vega ficou para sempre conhecido como M. Bison.
Artworks oficiais da época, reparem que está escrito "Bison"no cinto do Balrog


Não importando seus nomes, vencê-los apresentava aos jogadores outra coisa pouco comum nos arcades: uma merecida cutscene de encerramento. A maioria dos lutadores retornou para suas famílias ou pessoa amada. Chun-li, uma agente da Interpol disfarçada, levou Bison, assassino de seu pai à justiça. Zangief aproveitou uma dança com Mikhail Gorbachev. E Ryu, como sempre, começou a andar em direção ao horizonte, em busca de seu próximo desafio.

A equipe de Okamoto entregou orgulhosa seu gigante de dezesseis megabit, mas eles não tinham ideia do que estava por vir. Street Fighter II: The World Warrior chegou aos arcades em 1991, quatro anos depois do original, e instantaneamente dominou o mercado dos games.

Fim da parte 2.

Fonte: IGN (inglês)

3 comentários:

  1. até arrepiei lendo isso, UHASUAUHSA esse jogo é lenda, mt massa a materia

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  2. Caramba! Nao jogo esse jogo há tempos, mais quando mais pequeno, era viciado nesse jogo, e meu personagem preferido era a Chun- Li!!
    TO RELEMBRANDO A INFANCIA, QUE MOMENTO BOM!!!

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  3. O nome que foi utilizado para o Ocidente ficou mais a ver com os personagens!

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